sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Pintura abstrata, digo...concreta (quarta)

Para entender melhor esta postagem comece pelo mesmo titulo, quatro postagens abaixo:

Na postagem anterior foram criados no ateliê os ETzinhos nos encostos (espaldar) das cadeiras, mas no acento de cada um tinha o mapa astral da Galaxia que ele partiram, querem ver!






Pintura abstrata, digo...concreta (terceira)

Para entender melhor essa postagem é melhor começar pela publicado ontem (duas abaixo), depois a II de mesmo titulo e agora essa.

Não pudia imaginar que o "Artista Ateliê" gostava de pintar criaturas de outros planetas.

Resolvi trocar os asssentos e encostos das cadeiras do ateliê depois de oito anos de uso. Comprei os novos, preferi a cor vermelha para energizar o espaço. Ao retirar os antigos e colocar os novos eis o que descubro:

Cabeças de ETsinhos

olhem este chorando


este tem um machucado



este sorri


e este veio em missão de paz




Judiação! Todos abandonados no chão prontos para serem enxotados do Planeta Ateliê

Pintura abstrata, digo...concreta (segunda)

Para melhor entendimento desta postagem é melhor ler a anterior,de ontem(abaixo). Essa é continuação

Depois de verem o "Artista Ateliê" com sua obra abstrata sobre suporte banqueta, agora vou mostrar a obra do mesmo artista sobre suporte mesa.
Todo ano pinto o tampo da mesa de mogno que tenho no ateliê, antes de pintar novamente em 2010, fotografei-a para achar suas obras. Abaixo, ela fotografada de cima, por inteira.



Agora vejam as obras de arte abstrata das partes:






Quem pintou-as?
O "Ateliê"! Essas Obras foram realizadas com as seguintes materias primas: Tempo, Materiais, Espaço, Acaso, Ação anônima do homem.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pintura abstrata, digo...concreta (primeira)

Leonardo da Vinci procurava nas formas orgânicas abstratas ligações com as formas do mundo perceptível a sua volta - Kandinsky procurava nas formas abstratas pontes com a espiritualidade e com a musica - Klee transcendia as formas abstratas e a realidade num outro universo supra real, reiventado por seus conceitos abstratos - Malevich queria definitivamente que a pintura nada tivesse a ver com a realidade procurando o purismo estético contra a arte aplicada ou naturalística.
Os artistas contemporâneos buscam a matéria como forma de expressão em si mesma, pois o universo semiótico que nos envolve no espaço urbano tornou-se denso e intransponível, já que os matériais e objetos com os quais nos inter-relacionamos a todo momento, são de natureza totalmente reconstruida para o modus vivendi da sociedade e carregados de conceitos práticos e subjetivos formados culturalmente há séculos e renovados diariamente. Da natureza original nos distanciamos muito.
A matéria! Que matéria? Os limites da terra e a intimidade das matérias já conhecemos e transformamos em materiais e objetos para nos servir, formando novos conceitos de viver e interagir. Fazendo nossa cultura humana modificar continuamente.
Nada escapa da arte:
Comecei a descobrir que meu ateliê cria uma arte, autonoma, diariamente, as relações do tempo, material e espaço ficam impressas em obras que de repente acho-as prontas (ready –made). Vejam por exemplo esta abaixo:


Linda obra abstrata! Não?

Mas não passa sabe do quê?



De um banquinho que tenho por ali, o qual esta sempre sendo usado para suporte de materiais, como também apoio para fazer alguma pintura em outros suportes e de vez em quando sentar-se, também
copyright by Miguel Angelo Barbosa

sábado, 9 de janeiro de 2010

Encontros Felizes - Blog x Blog

Acessem: http://mafrosa.zip.net/arch2010-01-01_2010-01-31.html#2010_01-07_21_11_46-2791322-0
e encontrem o que encontrei, transcrevo abaixo:


Alinhavando letras - blog de Alice

07/01/10

Amigos, sempre amigos

O amigo novo é como um vinho novo. Deixe que envelheça um pouco. Então beba-o com deleite...

Há dias surpreendentes em nossa vida.

Esta tarde recebi o telefonema de uma amiga – muito querida. Ficamos uns quinze anos sem nos vermos.

Um belo dia esse colosso chamado Internet a trouxe para dentro de minha casa. Cliquei, chamei e era ela. Que beleza. Passado um tempinho ela foi me visitar, passamos um dia juntas. Não parecia ter havido tamanha separação. Mas depois tudo se complicou e lá se vão uns três a quatro anos sem no encontrarmos – isto pessoalmente, pois no espaço virtual sempre nos falamos.

Hoje ela me liga, está em férias no Guaru e virá amanhã em minha casa. Quanta alegria! Como é bom ter esses reencontros. Aí até concordo com o pássaro de Ruben Alves: a saudade encantada compensa a dor da distância.

Agora à noite, resolvo dar uma navegadinha, recebo um e-mail de uma galeria de artes e ao ver as gravuras vem-me à mente um amigo de muitos, muitos anos atrás, colega de colegial, artista plástico.

Sempre ligada às artes, cultivei a música como a flor rara da alegria, a literatura como a amizade fiel das horas difíceis ou solitárias, e as artes plásticas como o horizonte do alumbramento.

E desde muito cedo estudava – por conta própria, as escolas, as tendências, e elegi Miguel Angelo Buonarroti como meu predileto.

Um dia descubro que tem um Miguel Ângelo em minha sala de escola. Não era Buonarroti, era Barbosa. Perguntei-lhe no primeiro momento em que o conheci, se ele pintava. A resposta foi positiva. Achei que era gozação. Para provar mostrou-me seus quadros. Admirei. Tornamo-nos grandes amigos.


Um dia a vida se encarregou de afastar nossos caminhos. Nunca mais o vi. Hoje o encontrei aqui. Andei encantada por seu blog, vi seus quadros, sua evolução na pintura, a explosão de arte de uma alma predestinada.



Quem sabe se na próxima ida a Ribeirão Preto eu consigo encontrá-lo...



Dois reencontros em um mesmo dia. Este ano começa muito bem...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

CLICK



Ninguém poderia imaginar naquele momento do clic, posando para esta foto, a extensão da vida. Nem era para estar, pois estava sendo vivida. Mas eu agora depois de mais ou menos uns 43, 44 anos que estou aqui de frente dela tentando desenhar cada uma das figuras, num exercício cerebral para decorar as feições e expressões facias, buscando captar cada traço, cada sombra, cada volume, com meu lápis. Fico pensando então em cada um a medida que vou riscando o papel:
Ao fazer o bigode escovinha e os óculos de meu pai, bem ao centro da foto, tentando encaixar o sorriso que estava na foto, fiquei imaginando quanto feliz era com essa sua família, apesar de todos os sofrimentos; a Léia, minha cunhada, logo ao seu lado, esta lá, mocinha ainda, sorridente, com seu cabelo amarrado, a vida, talvez, parecia-lhe boa ali ao nosso lado; a minha mãe logo em seguida a ela indo para a direita, com um sorriso altivo e o olhar confiante em todos; meu irmão David, logo abaixo do meu pai, ao meu lado, com seu sorriso matreiro de moleque danado que maliciava rápido as coisas, diferente de mim, que estou à direita em baixo, pareço com o olhar benevolente e singelo; a esquerda de meu pai esta minha irmã Marta com seu ar responsável e um sorriso um pouco nervoso; e por fim minha irmã Maria, meninona ainda com um sorriso tímido, mas sincero de alguém que nesse momento sorri para dentro também.
A porta de vidro aberta atrás de nós, entrada da casa onde ficaram tantas recordações de um tempo que se foi. Deixando a lembrança carinhosa da minha infância. Se não fosse o clic que registrou essa imagem, roubando assim, um lapso de segundo do passado para entregar-nos no presente. 
A imaginação sem a imagem, desse tempo, guardada na memória, seria só de vultos quase apagados, sombrios, distantes. Com o auxilio de um lápis tento trazê-lo de volta, resgatando um pouquinho ao desenhar, a alegria daquele raio de sol que nos cingia num dia de céu muito azul, escritos nos brilhos de nossas faces de então.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sistema Lunar

Que haverá com alua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez
Mario Quintana


Arcos
Crescentes
Cheios
Minguantes
Face oculta
Claros escuros
Quietude
Mistérios
Energias adormecidas
Voos noturnos
Intuição
Sonhos
Mulher

sábado, 21 de novembro de 2009

Atalie Rodrigues Alves - Franca

Obras de Atalie Rodrigues Alves - do Laboratório das Artes em Franca. São aquarelas de um virtuosismo técnico sem igual, com uso de cores em harmonia e abundância.







LABORATÓRIO DAS ARTES - FRANCA

Estiveram no ateliê a artista plástica Atalie Rodrigues Alves e o arquiteto e escritor Mauro Ferreira, do Laboratório das Artes de Franca. Conversamos bastante e fiquei impressionado com o idealismo e obstinação desses artistas, como também, suas realizações, não tem nada que lembre certos grupos de Ribeirão. O Laboratório de Arte funciona quase como uma confraria de pessoas que respeitam e levam a Arte e o Artista a sério . As exposições, as apresentações, a formação de um acervo e o cuidado com o mesmo, o carinho e a seriedade que cuidam do espaço, sem estrelismos ou ego, é puro amor a arte, e diga-se de passagem sem precisar ficar de joelhos para o poder publico, pura iniciativa de seus membros. Convidaram-nos para visitá-los. Estaremos lá em breve.

Entre no Site e verifiquem por sí:

http://www.laboratoriodasartes.com.br/

sábado, 14 de novembro de 2009

SOB PRESSÃO – por Miguel Angelo Barbosa

Copyright by Miguel Angelo Barbosa
Dosagem mensal
Dosagem semanal
Retratos da vida contemporânea, onde o tempo, espaço e modus vivendi ficam comprimidos.
Comprimidos para aliviar a pressão, arterial (alta). Fabricados sob pressão das máquinas. Retirados sob pressão dos dedos. E para despressurizar um pouco Uma brincadeira sob pressão. Uma carinha oprimida para cada dia Do remédio de pressão. Não precisa ficar em depressão É só para descontração Artes em exibição. Observação: (É poesia?) (Não sei não!)
Obs2:
Carinhas modeladas nos bojos de meu remédio de pressão (Micardis) depois de retirados e ingeridos diariamente.
Obs 3:
Em exposição na Escola Bauhaus - Ribeirão Preto - SP
Copyright by Miguel Angelo Barbosa

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Música ao longe


Não há nenhuma referência a instumentos e notas musicais. Mas depois que terminei fiquei olhando, olhando...na verdade não via nada, ouvia, sim, uma música ao longe que vinha do interior do quadro.

Pictures at an Exhibition

 

Quadros de uma exposição, o titulo em inglês homenageia a banda inglesa Emerson, Lake and Palmer, que por sua vez fez uma releitura, (em música releitura é arranjo, né?) de uma suite em dez movimentos do compositor russo Mussorgsky. Tem algo de mágico e misterioso nas música. No quadro? pode ser...Talvez alguma Baba Yaga passou pelo ateliê na hora.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Torso Rosso


Antigas epopéias, deusas derrubadas dos pedestais, comemoração de vitórias, terror das derrotas, sonhos de amor

Torso nú


Do frio ao quente, caminhando, seguindo. 
Abstrações tatuadas na tela.

Exposição Jardim Contemporâneo



Bela galeria, tão bem registrada na minha exposição pelas lentes "olho de peixe" de Fábio Martins. Como pode acabar uma galeria tão bonita como essa em Ribeirão Preto?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Perfil de Beduino

Outro perfil de um muçulmano, voltado para o oriente

Perfil duplo - "Dois velhos bem modernos"


Parece um monte de borrão, não é? Olhe melhor, separe duas figuras, duas caras de perfil, dois anciões, numa pintura muito moderna! Ah! Ah! Ah! - "Dois velhos bem modernos"

domingo, 20 de setembro de 2009

Perfil observando a natureza abstrata do universo


Um perfil feminino no canto inferior esquerdo, mas quase que se decompõe com as formas abstratas que a figura parece contemplar.
Sugestão: procurem a contemplação do quadro como a figura-perfil o faz, entre na onda e caia na abstração
Obra terminada há uns sete anos. Texturas e tintas fabricadas no meu ateliê. Volta e meia retorna a tentação Vermelho e Negra
Não deixe de ampliar!

Perfil de Espantalho


Esse espantalho foi fustigado pelo vento, pelo sol, pelos pássaros. Será que estava sentindo-me assim quando pintei? Na verdade não quis pintar nenhuma figura conhecida, a preocupação foi só plástica. Mas para quem gosta de ver alguma coisa conhecida no quadro...bom proveito! mas não deixe de ver os detalhes esquecendo um pouco o todo. Em cada detalhe novos universos. Para isto, amplie!
Já estava saindo da fase Vermelho e Negro

sábado, 19 de setembro de 2009

Perfil desconhecido


Cobras e largatos saem desta cabeça. Tem um pouco de textura em algumas partes. Reparem na serpente saindo do topete. Talvez seja alguém da família da Medusa. Essa obra devo ter feito em 2002

Perfil desconhecido


Um nariz avantajado, mas não é o meu.
Essa pintura fiz há uns dez anos atrás

Perfil de guri


Remexendo as fotos de minhas pinturas encontro vários perfis de rostos. Alguns estranhos, outros feios e ainda alguns plasticamente agradáveis.
Acima um "pixote". Durante toda a execução do trabalho a preocupação foi da composição plástica, abstrata, mas ao finalizar insurge um rosto referência-realidade.


Adicionar imagem

Nú, sentando-se


O nome do quadro parodia o "Nú descendo a escada" de Marcel Duchamp. Ainda de uma fase que usava cores com predominância de vermelha e tons muitos escuros.
Observem, ampliando a imagem, a pintura sugere a figuras de três mulheres vistas pelas costas. A repetição de linhas e formas em três fases horizontais e em ritmo descendente na vertical. Ao mesmo tempo são três figuras ou uma só em três posições descendentes criando a ilusao de movimento.

Trabalhos misteriosos - fora de series


Complicações técnicas à parte, esse trabalho é uma encáustica, onde boa parte da obra foi feita com uma ponta seca e muito calor da cera pigmetada derretida, sobrou uma "Figura em busca de um chapéu", aliás é esse o nome desta obra.
Tentem achar a figura e o chapéu, se não acharem continuem procurando, eu também tive dificuldades, mas foi o caminho da ilusão e devaneio que encontrei na perseguição de uma forma. Na verdade é uma bobagem buscar algum referencial-realidade, melhor é contemplar as faturas , as linhas, o tracejamento, a composição de cores e formas. A Arte só dá prazer sob qualquer ângulo que invista seu potencial sensitivo
Ampliem para perceber melhor

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Processo criativo de Sebastião Stabille


Quero registrar aqui o processo criativo de Sebastião Stabille.
Através de suas criações consegue passar sua forma de pensar sobre as coisas. O cotidiano, os acontecimentos do mundo, as angustias do ser humano, como também não deixam de ser as suas angustias, atingem seus canais sensiveis de cidadão comum, sempre em estado de alerta para perceber as violencias da vida contemporânea. Seu pensamento funciona como um crivo por onde passa suas concepções critica do mundo, as quais adquirem formas em imagens simbólicas que nos fazem pensar. O cenário das pinturas as vezes pode parecer absurdo e surrealista, mas é o proprio absurdo das relações humanas numa sociedade cada vez mais alienada e doente.
A primeira obra acima registra as duas infâncias, uma da realidade norte-americana e a outra a da miséria dos países que os gringos invadem. Uma carrega esporte, saúde, etc, a outra uma granada para se defender. E no ponto mais alto da rampa um prédio sendo explodido por um avião. Façam suas próprias deduções.
O segundo trabalho mostra uma lingua ferina (literalmente) e o retorno (feedback) em forma de uma víbora. Nada absurdo, vemos isso todos os dias. Lei da causa e efeito.
O terceiro tem um casal atado pela vida (a convivência nos faz xipófagos) mas com os elos rompidos pela maneira de ser (na cabeça). Cada qual direciona seu olhar para ângulos diferentes.
É só realismo ou é surrealismo?