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sábado, 15 de dezembro de 2012

COMENTÁRIO DE FABIO MARTINS




Há 26 anos conheço Miguel Angelo Barbosa. E o tenho na mente e no coração quase diuturnamente, ao seguir sua trajetória. Como cidadão e artista. No diálogo escrito ou falado, na presença social-cultural, nos seus Desenhos, nas  suas Pinturas, vejo e sinto expressos e refletidos: sinais de quem evolui e propõe, via emoção estética, algum lume, fora ou dentro de todas as neblinas  da Comédia, do Drama, da Utopia, que intrigam as pessoas. Concluo com uma paráfrase de Victor Hugo.- Da paixão combinada com ação e da vida no  presente mais a história do passado, nasce algo inefável.E quando, por meio da Pintura,nascem detalhes e sutilezas vitais: eis a  Arte. Eis  a beleza do enlace da mente e do coração.- Eis, como vejo e sinto  a obra de Miguel Angelo. Fábio Martins

I have known Miguel Angelo for 26 years. And I have kept him in my mind and heart almost everyday as I follow his  path.  As a citizen and as an artist. In the written and spoken dialogue, in his sociocultural presence , in his Drawings ,in his Paintings , I see and feel  expressed and reflected : signs of someone who is in evolution, someone  who makes proposals, via aesthetical emotion, some light, outside or inside all mists of Comedy, Drama, Utopia, that intrigue people. I conclude with one of Victor Hugo’s paraphrases: From the passion combined with action and from life in the present, plus history of the past, something unspeakable is born. And then, by means of Painting, details and vital subtlenesses are Born: this is Art. This is the beauty of  the union  of mind and heart. This is the way  I see and feel Miguel Angelo’s work. Heart. This is the way I see and feel Miguel Angelo’s work. Fábio Martins

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Desta fase, postada abaixo, recebi este comentário do Pedro Manuel (1978)

“Miguel Angelo Barbosa”.
A imagem reconstruída como um símbolo
Para quem olhar pela primeira vez a obra de Miguel Ângelo Barbosa, bem provavelmente a impressão resultante será a de um moço à procura de seu caminho, influenciado pelo estilo de vários artistas, entrosados com as poéticas expressionista, fauvista, e principalmente cubista. Klee, Chagall, Modigliani e Picasso são os inspiradores evidentes desta procura realizada numa seqüência fecunda de trabalhos.
Entretanto um contacto maior com seus quadros revela algo de diferente. Mais do que o reflexo da obra dos grandes sobre sua pintura, (que indiscutivelmente existe), assistimos à expressão conduzida por instancias presentes nas personalidades de Klee e Chagall.
Estes artistas, embora inspirados por aspectos mágicos e simbólicos da vida, não desprezam soluções cubistas. Apenas estas soluções nascem mais da necessidade de elaborar e coordenar metáforas sem a seqüência espacial exigida pelos sentidos no espaço euclidiano. Em outras palavras, pela necessidade de apresentar imagens que não se relacionam numa seqüência de espaço e de tempo igual a que somos acostumados a experimentar. E dado que o cubismo nasce da exigência de representar, de uma vez, mais experiências, diferente exigências, como a de Klee e a de Picasso, por exemplo leva a manifestações formais parecidas. Assim a procura de coordenar metáforas ou imagens diferentes numa mesma composição, aproxima a pintura de Miguel Angelo Barbosa ora a de Picasso, ora a de Klee ou a de Chagall. Este é o fio condutor que se esconde debaixo das varias manifestações.
Mais do que um moço à procura de uma linguagem, entre as oferecidas pelas poéticas do começo do século, estamos diante de uma linguagem que, correspondendo à uma necessidade interior, está à procura de uma organização espacial adequada, e nesta elaboração assume formas diferentes, sofrendo interferências, mas penetrando no centro do problema.
As variações em sua pintura não nascem de uma experiência externa e dispersiva, mas surgem dos desvios naturais num artista que persegue o encontro do mundo com a própria subjetividade. Daí decorrer que quanto mais subjetivos melhores são os quadros de MIGUEL ANGELO BARBOSA.
Pedro Manuel

domingo, 21 de junho de 2009

Comentários de Waldomiro Sant'anna - ano 2000

MlGUEL ANGELO
Em 1938, comentando o Salão de Maio, Mário de Andrade afirmava: "A inflação do individualismo, a inflação da estética experimental, a inflação do psicologismo, desnortearam o verdadeiro objetivo da Arte. Hoje o objetivo da Arte não é mais a obra de arte, mas o artista. E não poderá haver maior engano."
Refletindo sobre a contemporaneidade deste texto e nas artes plásticas praticadas em nossa região, percebe-se que os artistas na sua grande maioria pouco se preocupam com a obra em sí, pouco pesquisam, pouco produzem, mas são generosos críticos de seu próprio trabalho, mais das vezes, feitos com pressa para satisfazer sucessivos eventos. Miguel Angelo não é assim, não desnorteou o rumo de sua arte, desde que o conheço, há duas décadas, sempre executou e pensou a Arte. A maneira honesta de trabalhar faz com que sua obra tenha uma aura de seriedade e confiabilidade, além do grande valor estético, imaginativo, contemporâneo e original.

Comentários de Pedro Manuel Gismondi em relação a esta fase

MIGUEL ANGELO
Este nome preformador, como um mito antigo, é uma realidade de hoje que se está afirmando como expressão cultural, na arena densamente povoada de Ribeirão Preto. Sua atividade na coesão da classe dos artistas plásticos de nossa cidade é cada vez mais respeitada e eficaz. Seu conhecimento dos métodos e recursos que os pintores usaram nos últimos séculos o distingue dos seus colegas e fazem de suas aulas uma atividade original. Entretanto, sua realização artística merece uma atenção maior, pela singularidade que ultrapassa os possíveis gostos
de cada um. .
O rítmo sufocante de verdadeira catadupa de formas que deslizam umas sobre as outras, como as vagas de água nas enxurradas provocadas pelas tempestades, são orquestradas por uma gramática cubista na composição de figuras, cujo conjunto forma um quebra-cabeças polivalente, do qual surgem grandes formas que sugerem referências com árvores, lobos, feras, homens, e amarram a composição.
Até aqui, ficamos apenas nas estruturas quase racionais, apesar de serem fantásticas. Há, porém, que se considerar o uso da cor que valoriza o quadro, no aspecto propriamente pictórico das faturas, das texturas, que vão além do racional, do calculável, do estritamente pessoal, do insubstituível, do poético, onde a alma mareia e uma cor ou uma luz dificilmente podem ser justificadas, mas descobrem a morada da arte com seu mapa de tons, valores, definições ou evasões.
Pedro Manuel (1996)