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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Mural - A Cartola perdida do Mágico







A Cartola perdida do mágico. Esse era o tema de um mural pintado por mim no fundo da Choperia Corujão. Ano 77. Que foi apagado com tinta branca por cima, pois na mudança de donos do lugar acharam que chamaria muito a atenção. Realmente esse era o objetivo. Muitas pessoas passavam horas criando e fazendo sentido das imagens representadas nesse mural. 
Um cavalo na extremidade a direita que saia de seus olhos um foco de imagens que se projetavam para o espaço a sua frente; estradas, pombos, perfis de rostos, cálice, olho em forma de peixe voador, sol que diziam que eram uma hóstia, porque estava em cima do cálice, violão, montanhas com formato de um rosto humano, lua quarto crescente, torre de igreja com relógio, montanhas que recebiam a luz do sol avariadamente, ou seja, em cada uma delas a luz mudava de posição, como se para cada uma delas o sol estivesse em posição diferente; e num canto esquecida ou perdida uma cartola de um mágico. Tudo bem geometrizado e encaixado no espaço de forma planejada. Devia ter em torno de seis metros por dois, mais ou menos.
Ainda encontro pessoa que me perguntam o que foi feito daquele painel. Sobrou apenas esses fragmentos de fotos, que se unidas são complementares.
Nesse lugar criamos um Espaço Cultural improvisado, mas que expôs muita gente boa como John Howard, Norte-Americano que veio comigo de uma exposição em Araçatuba onde residia na época, depois de vagar por vários paises da America Latina, hoje é um dos maiores nomes do Grafitti em São Paulo, fez na época uma exposição inovadora nesse espaço, com materiais que colava no suporte tela, que na verdade eram caixas com vidro protetor, criando uma obra conceitual, na época nem se ouvia falar sobre isso. Seu nome hoje é louvado pela Itaú Cultural.
Outro artista também que esteve nesse espaço foi o saudoso J.J. Coimbra, artista primitivista de enorme valor.
Teve também até exposição de nossos grandes cartunistas;  Glauco, Pelicano e Washington.
Tempo bom com muitas horas de contemplação, arte, poesia e muuuuuita boemia! Viva!
Miguel Angelo Barbosa