domingo, 28 de junho de 2009

Seguindo a Nuvem

Seguindo a nuvem - fotos ao vir de Pradópolis para Ribeirão - na ordem: a primeira tirada um pouco antes de chegar em Dumont e na sequencia chegando no anel viário - até encontrar com ela, ou seja, ficar debaixo dela, nas proximidades da av Jõao Fiuza. Da primeira foto até a ultima percorri em torno de uns 30km, de 15 a 20 minutos até me deparar com a sua localização, dando tempo de não se desfazer totalmente, preservando ainda partes de seu formato inicial . A surpresa foi ver em cima de onde ela estava. Da estrada não dava para imaginar.

Anjos do nôno - Serafim D'Alonso


Ancestrais artisticos- meu avô Serafim D'Alonso, imigrante italiano, pai de minha mãe, fazia esculturas para colocar no alto das fachadas das casas, as vezes nos frontões das janelas, como nesse caso aqui de uma casa ( já demolida) na rua Marechal Deodoro, em Ribeirão Preto, entre a rua Americo Brasiliense e São Sebastião. Um anjo é a minha mãe e o outro uma tia

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ainda: Ateliê da Juventude

Mundo fechado,
Amuado, colorido,
Separado.
A fuga para o insólito, o literário, o onírico.

Cavaleiro quixotesco a procura de aventuras imaginárias.
O céu conta lindas estórias pelas nuvens.

A terra, material, carnal, existencial: feito de pinceis, tintas, ...longos silêncios, musicas angelicais e estridentes.
Em tudo pode se enxergar o absurdo e o cômico,
Recorte de um tempo único, que pretendeu na tela e nas tintas ser eterno.

Miguel Angelo Barbosa

Ateliê da r. Pedro Bartolomeu

ATELIÊ DA JUVENTUDE

Este quadro é uma referencia ao o lugar que alojei meu ateliê quando jovem, era um quartinho no fundo da casa assobradada, espaço que meu pai construíra na varanda do fundo da casa, dividindo-a com um biombo de madeira, improvisando assim um espaço o qual me isolava do mundo . Por ser um sobrado e ficar mais alto, o céu estava sempre presente da visão do ateliê, motivo das nuvens; para esconder as paredes nuas de madeira pregava vários recortes de revistas, inclusive algumas de mulheres nuas, que na época descobriam apenas algumas partes; a cabeça de Van Gogh caída sobre a mesa era uma escultura em madeira que estava trabalhando; a escultura da grávida, ao centro, em branco, havia ganho de uma amiga, que por acidente deixei-a quebrar, para reparar o meu dano, coloquei-a no quadro; O quadro pendurado no céu era uma pirogravura entalhada na madeira, tendo o original, portanto apenas a cor de madeira queimada, no entanto na pintura ele cria a cor do real, a qual ele não tinha; o violão era objeto obrigatório e permanente assim como um aparelho de som marca Grudwing que tocava meus vinis da época; o gato surgiu do imaginário e o balão de gás com um rosto festivo indica o mundo de fantasias que vivia. Na verdade era meu lugar de imaginar e sonhar com a vida. Assim como no quadro, que possui uma certa atmosfera surreal, sonhadora. Era tanto investimento na parte subjetiva que muitas vezes a realidade e a fantasia se confundiam. Miguel Angelo Barbosa

Ateliê da r. Antonio Achê, sequencia da criação do quadro






Painel SESC, Cem anos imigração japonesa


Desenho transformado em painel, exposição SESC

Painel no Shopping


Desenho transformado em painel

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Arumã - 1976

Essa foto deve ser de 1976, em inauguração exposição na galeria Arumã em Ribeirão Preto, da esquerda para direita: Raul Machado, Mario Moreira Chaves, Miguel Angelo (com 20 anos) Professor Antonio Palocci, Vicente Theodoro de Sousa e Erasmo de Sousa

Momentos felizes - Exposição S.A - 1998


Vera(UNIART), D. Vera (Pedro)
e Fabio Martins no primeiro plano,
ao fundo Mirinho e
Pedro Manuel conversando

Exposição no SESC - 1998

Nenhum de cabelo branco ainda!
Eurico....saudades, meu irmão!

Eurico Rezende (centro)
Waldomiro Sant'anna (direita)

Brodowski


Eu pintando um Cristo com
todas pinceladas em cruz na
entrada do cemitério de
Brodowski

Ateliê da Americo Brasiliense


Foto: Fabio Martins

WASHINGTON LOPES EM PERFORMANCE NO ATELIÊ MIGUEL ANGELO.

Como pendurar um quadro na parede

domingo, 21 de junho de 2009

Alguns Desenhos



Sumô


Encontro





Descansando





Pegando no laço





Hippie Hurra





Trigêmeos diferentes


A mulher e a lua





Três figuras



Bandinha



Passeando no shopping






Comentários de Waldomiro Sant'anna - ano 2000

MlGUEL ANGELO
Em 1938, comentando o Salão de Maio, Mário de Andrade afirmava: "A inflação do individualismo, a inflação da estética experimental, a inflação do psicologismo, desnortearam o verdadeiro objetivo da Arte. Hoje o objetivo da Arte não é mais a obra de arte, mas o artista. E não poderá haver maior engano."
Refletindo sobre a contemporaneidade deste texto e nas artes plásticas praticadas em nossa região, percebe-se que os artistas na sua grande maioria pouco se preocupam com a obra em sí, pouco pesquisam, pouco produzem, mas são generosos críticos de seu próprio trabalho, mais das vezes, feitos com pressa para satisfazer sucessivos eventos. Miguel Angelo não é assim, não desnorteou o rumo de sua arte, desde que o conheço, há duas décadas, sempre executou e pensou a Arte. A maneira honesta de trabalhar faz com que sua obra tenha uma aura de seriedade e confiabilidade, além do grande valor estético, imaginativo, contemporâneo e original.

Cubismo - estilo permanente


Titulo: Auto-retrato




Titulo: Gato na Janela



Titulo: Anjo




Titulo: Casal





Titulo: Drible





Comentários de Pedro Manuel Gismondi em relação a esta fase

MIGUEL ANGELO
Este nome preformador, como um mito antigo, é uma realidade de hoje que se está afirmando como expressão cultural, na arena densamente povoada de Ribeirão Preto. Sua atividade na coesão da classe dos artistas plásticos de nossa cidade é cada vez mais respeitada e eficaz. Seu conhecimento dos métodos e recursos que os pintores usaram nos últimos séculos o distingue dos seus colegas e fazem de suas aulas uma atividade original. Entretanto, sua realização artística merece uma atenção maior, pela singularidade que ultrapassa os possíveis gostos
de cada um. .
O rítmo sufocante de verdadeira catadupa de formas que deslizam umas sobre as outras, como as vagas de água nas enxurradas provocadas pelas tempestades, são orquestradas por uma gramática cubista na composição de figuras, cujo conjunto forma um quebra-cabeças polivalente, do qual surgem grandes formas que sugerem referências com árvores, lobos, feras, homens, e amarram a composição.
Até aqui, ficamos apenas nas estruturas quase racionais, apesar de serem fantásticas. Há, porém, que se considerar o uso da cor que valoriza o quadro, no aspecto propriamente pictórico das faturas, das texturas, que vão além do racional, do calculável, do estritamente pessoal, do insubstituível, do poético, onde a alma mareia e uma cor ou uma luz dificilmente podem ser justificadas, mas descobrem a morada da arte com seu mapa de tons, valores, definições ou evasões.
Pedro Manuel (1996)

Tendências abstratas - 1990 - 2000 - Fase vermelha


Titulo: Perfil de marajá




Titulo: Paisagem Insolita




Titulo: Lobo mau come animal



Tendências abstratas 1990 a 2000 - Fase branca


Titulo: Abstrações caprinas



Titulo: Achados no tempo



Titulo: Era treze de janeiro, então eu nasci!



Criações abstratas no periodo de 1990 a 2000.

sábado, 20 de junho de 2009

O FEIO NA ARTE, O BONITINHO NO ARTESANATO

A Arte não deve ser bela, mas expressiva. A obrigação com a beleza é do Artesanato. Por isso quando alguém tenta criar alguma coisa com o objetivo em só deixar bonito e decorativo esta fazendo um artesanato, mesmo que esteja pintando um quadro, ou entalhando uma escultura. Como por exemplo, que existe muito hoje em dia, de combinar um borratelismo* com a cor do sofá
O feio na arte é o tema mal resolvido, quando o tema não condiz com o tratamento plastico e vice-versa. Onde a relação entre a denotação e a conotação não correspondem , não se localizando o objeto expressivo, é como pintar uma neblina com muito contraste. O tratamento plastico expressivo não condiz com o tema ou é mal trabalhado. Essas revistas que ensina a pintar tem muito disso.

Obs:* borratelismo: palavra deboche de pintores que borram de varias cores a tela para decorar espaços.
Miguel Angelo Barbosa

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A ARTE DEVE SER BELA?


Que beleza há num par de botinas velhas, num girassol seco, como retratou Van Gogh ou num boi esfolado como fez Rembrant? 
A arte tem que ser bela?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Jan Steen


Jan Steen,(1626-1679) - Leiden, Holanda. Contemporâneo de Rembrandt e Vermeer, o artista administrava uma taverna, e as cenas ébrias que presenciava serviam de modelo para suas obras, muitos dos quais eram membros de sua própria família, como também o próprio artista se auto retratava nessas cenas. Ser artista e dono de boteco são duas coisas que não podem dar muito certo, mas olhem como ele fazia bem as duas coisas, divertia-se observando e retratando o clima caótico e animado dos personagens. Observem como capta no semblante o que os figurantes estão sentindo. 
Pertence ao estilo Pintura de Gênero.
Obs: o cachoro quase sempre presente, com o ar de quem não esta entendendo nada.