terça-feira, 14 de julho de 2020

"PINCÉIS E POEMAS"


Pincéis que descrevem lugares
Ou não, 
Que retratam pessoas, situações, 
Ou nada, 
De algures, quiçá aqui

Pincéis que escrevem poemas 
Através da revelação da luz
E da clara evidência nas cores e formas 
Guiados pela alma contemplativa do artista 
Que garatuja as telas da vida como uma criança 
Quando em seu momento de reflexão cria

Poemas que nos faz sentir a luz de um caminho 
Ensolarado ao pôr do sol 
Com sombras esguias e longas

Poemas que nos remetem às cenas desconcertantes 
De realismo mágico 
Fazendo-nos caminhar junto ao vento 
Que sopra a sombra de árvores 
No campo de sonhos

Poesias que nos conectam a situações 
Pintadas pelos poetas 
Onde a vida canta 
O doce hino do existir

Miguel Angelo

sexta-feira, 8 de maio de 2020

TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENÇÃO

 
O titulo desta minha obra acima versa sobre um mal que atinge todos nós nesses tempos. Transtorno de Déficit de Atenção aflige a muitos jovens de várias partes do mundo e passo a perceber que a esta como pano de fundo em grande parte das pessoas que interagimos no nosso dia a dia. Sendo o celular um fomentador da desatenção com a realidade.
Representei isso através de linhas nervosas que se direcionam para todos os lados da tela. Entremeado às linhas há vários olhos em variados tamanhos, que foram colocados para caracterizar esse olhar contemporâneo que não se fixa e não se concentra em nada, mas querem ver tudo o tempo todo, superficialmente apenas. Sem nenhum propósito, sem alimentar o espirito ou sequer a razão. Não conseguindo expressão de sentimentos. Restando apenas reflexos condicionados adestrados por uma máquina eletronica criada pela tecnologia da dominação.
Mas o propósito desse texto não é falar sobre o que essa obra propõe no campo do anedótico. Mas até o inverso disso ou seja sobre o fazer artístico. 
Então vamos lá
Procuro mentalizar e ficar num determinado estado de espirito de busca de perfeição quando vou iniciar uma nova obra, isto é, com o sentimento próximo a de um ourives quando esta com uma pedra bruta em mãos, sabendo que tem uma riqueza a ser descortinada e com seu trabalho transformará aquela riqueza, que também esta dentro de si, em algo único e de muito valor. Lapidando face por face, cada milímetro com cuidados extremos, sem poder errar, transformando-a enfim em um lindo tesouro. O qual provocará, quando exposto, o sentimento de encantamento nas pessoas. 
Portanto quando falo em lapidar, não estou falando só em elaboração manual, ou seja, na parte artesanal do trabalho, mas na elaboração que dá forma ao pensamento. Onde cada linha, cada angulo, cada forma, cada cor, por menor que seja sua posição no quadro, é elaborado até ao máximo do limite da (minha) perfeição.
O que é essa perfeição?
Penso ser um estado espirito. Voce elabora com suas mão até ao ponto que vem em você um sentimento que sua mente se limpa das imagens e pensamentos do dia a dia existencial e entra num estado de nirvana. Que é o momento onde cada pedacinho que vc fez passa a criar um sentido. Criar sentido não é o mesmo que ter sentido. Pois é essa a grande diferença. As linhas traçadas, as cores e formas começam, em determinado momento da criação da obra, a criar sentido com seu estado de espirito, com suas emoções e sentimentos do momento presente existencial. Ter sentido seria outra coisa, seria premediatar cada conteúdo plástico ali colocado para fazer sentido.
Pra finalizar. Pintar uma obra é meditar com as mãos. É modelar o próprio espirito. É criar um tesouro pra si mesmo e para quem quiser admirar. É buscar a perfeição, e quando encontrar, acabou a obra, mas fica o registro para todos. 
Namastê.

MIGUEL AI/IGELO

quarta-feira, 6 de maio de 2020

A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS


HORAS E HORAS A FIO
SEM SOLUÇÃO
SEM PREVISÃO
SEM UNIÃO
SEM NAÇÃO
SEM NOÇÃO

PERDIDOS
NA NOSSA DESESPERANÇA
NA NOSSA GOVERNANÇA
NA NOSSA LAMBANÇA

NO ABISMO
DO NOSSO PRESENTE
E A INCERTEZA DE ALGUM FUTURO
DESTA VIDA
DESVALIDA DE SEU VALOR
PELA IDEIA DE UM DITADOR

MIGUEL ANGELO BARBOSA
MIGUEL AI/IGELO








terça-feira, 5 de maio de 2020

NESSE MUNDO TÃO LOUCO


CADA UM NO SEU LAR
COM SUAS VERDADES
SUAS ESCOLHAS
SUAS CRENÇAS

ESTÃO LÁ
MAS NAO ESTÃO
PORQUE
CONSIGO MESMO TAMBEM NÃO
BUSCAM FORA O QUE NAO ESTA DENTRO

A VIDA É MESMO ASSIM
CHEIO DE CAMINHOS E LONGAS ESTRADAS
QUE LIGAM O SER AO LONGE
O LONGE DESEJO,
O LONGE ESPERANÇA
O LONGE ALIMENTO
O LONGE DE MIM

QUANDO FECHO A PORTA
E OLHO PELA JANELA
ME VEJO NESTE ABISMO
ENTRE A MINHA SANIDADE
E ESSE MUNDO TÃO LOUCO
QUE BUSCO DENTRO DO LAR CORAÇÃO
E TRAGO PRA JANELA TELA

MIGUEL ANGELO BARBOSA

MIGUEL AI/IGELO











segunda-feira, 23 de março de 2020

Vivendo nas janelas do espaço / tempo da Arte

"AQUI DENTRO"

Aqui dentro foi ficando com meu jeito de ser. Meus livros e discos, meus quadros, meus objetos, minhas coleções de bonecos e miniaturas, meus arquivos existenciais. Música suave ao fundo, aromas de ervas e incenso, harmonia, criatividade, espiritualidade.  





"Lá fora"

Lá fora o som é das maquinas que cortam, que movimentam, que derrubam, que quebram, que constroem, que destroem, que levam ao abismo da vida, neste planeta de natureza divina e existência humana caótica. A vida arde!





"Aqui dentro e lá fora"


Através da Arte podemos recriar o mundo através da imaginação. Reinventá-lo, recriá-lo, repensá-lo, fundir realidade, imaginar o inimaginável, etc., o espaço / tempo pode-se fundir e tornar relativo para o nosso olhar. Levando nos a meditar para alem da janela aberta pela mão do artista na tela.

ESPERANDO A TEMPESTADE


Cá estamos
Atrás das ventanas e terraços
Entre a cruz e a espada
Entre o bem e o mal
Entre o ser e o não ser de todas as coisas
Entre uma pedra e um caminho
Entre quatro paredes
Entre flores e espinhos
Entre dúvidas e nenhuma certeza
Entre vírus e a nossa sanidade, mental

Cá estamos
Insanos
Nervosos
Surtados
Despreparados
Desamparados.

Do nosso nada
Observando tudo
Neste mundo caótico.
Em recesso de atividades
Dos sonhos
Dos desejos
Da esperança 
Menos de nossa infame ganância
Que até ao fim
Nenhum vírus não consegue brecar

MIGUEL AI/IGELO



ENTRE FRESTAS


Entre frestas

Enxergamos a vida pelas frestas orgânicas de nosso cérebro, os olhos
Vivemos entre frestas
A vida é uma fresta entre o nada e depois
Abrimos os olhos e deixamos entrar a luz
Abrimos as cortinas e deixamos o dia invadir nosso interior
Espiamos a vida através das frestas do momento dia
E no momento noite enxergamos as frestas do nosso subconsciente
O artista enxerga em cada cena da vida, em cada sentimento de seu coração, uma fresta, para confessar seu momento, pois sabe que a vida é essa estampa presente.
Presente de fora para dentro e de dentro para fora.
Assim como são as janelas
Você olha, mas pode estar sendo olhado
As vezes esse olhar é permitido, as vezes indiscreto, voyer...
As vezes a janela está aberta e tudo é permitido aos olhos...à vida!
As vezes esta fechada, mas tem as frestas das venezianas, para não padecermos na escuridão.
Através das frestas vem a luz dos primeiros raios, a esperança da noite se tornar dia.
Nossa solidão invadida pelo mundo de fora.
Quando não há frestas não há esperança.
Resta o escuro...!
A noite sem sonhos.
A vida antes de ser,
A vida depois de ser,
O não presente, o incerto.
O não antes e nem o depois.
O nada!
Miguel Angelo

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

IGREJA MATRIZ DE SÃO SEBASTIÃO - RIBEIRÃO PRETO

ACRÍLICA SOBRE TELA (70CM X 50CM)

PRATELEIRA DE TINTAS - DESENHO REALISTA E DESCONSTRUÇÃO

GRAFITE SOBRE PAPEL


DESENHOS REALISTAS


GRAFITE SOBRE PAPEL


RETRATO AOS 14 ANOS

GRAFITE SOBRE PAPEL

AUTORRETRATO

GRAFITE SOBRE PAPEL

PROFESSORA DO PRIMÁRIO


NANQUIM E ACRÍLICA SOBRE PAPEL

SURPRESAS

DESENHO E COLAGEM SOBRE CARTÃO

GURI




 DESENHO E COLAGEM SOBRE PAPEL CARTÃO

FIGURA E ABSTRAÇÃO III



FIGURA E ABSTRAÇÃO II


 

FIGURA E ABSTRAÇÃO I




sexta-feira, 3 de agosto de 2018

CANTINHO DOS PINCEIS

CANTINHO DOS PINCEIS - acrílica sobre tela - 40m x 50cm

segunda-feira, 18 de junho de 2018

domingo, 17 de junho de 2018

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Naturezas diferentes? Antagônicas? Semelhantes? Complementares?




Aquatv


Naturezas diferente? Antagônicas? Semelhantes? Complementares?

              O vídeo coloca-nos diante uma situação hibrida, onde, de um lado a água passa pela abertura do rego, criando–nos uma imagem no formato que estamos acostumados a ver diariamente, retangular, ou seja, o formato dos monitores de televisão ou computador (que se encaixa bem à proposta de vídeo-arte), hipnotizando-nos. Uma imagem que nos conduz ao niilismo, ou seja, procura esvaziar o pensamento pela contemplação, deixando-nos absorvidos apenas pelas sensações, ou seja, o som e a imagem da água. Ideia semelhante do zen-budismo de fazer a mente caminhar para a ausência do pensamento, para atingir o nada absoluto, o nirvana. Por outro lado e antagonicamente os sons que se houve próximo são de uma festa - "churrasco" onde as vozes, risadas, gritos de pessoas embriagadas, alteradas, contrastam com o som e a imagem da água, passando serena, levando-nos a pensar na sociedade contemporânea, em seus sentimentos e valores, criando ai um outro niilismo, o niilismo sociológico, ou seja,  fazendo-nos mergulhar num vazio de si mesmo, não fazendo muito sentido as nossas ações.

          Assim como, também, são a maioria dos canais da TV aberta e a realidade que eles retratam. Com conteúdo vazio que nos leva a um nada. Um retrato em movimento da sociedade, apresentada nos monitores de TV diariamente das residências brasileiras.

        Ficam perguntas no ar:

     Estamos aqui pelo mesmo sentido das águas, das pedras, etc?

             Pelo sentido de tudo que o ser humano criou?

      Ou sem nenhum sentido? mergulhados em tantos sentidos? O nada?...?

O que seria?...?

(Antigas questões da humanidade...)