segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pinga, Pinga, Pinga!

Invertitudo...
Como...?
O corpo bêbado e a garrafa vazia
É tão calma a noite...
Como?
Pinga !Pinga! Pinga!
Não é a bebida!
É o barulho do revolver de "faz de conta"
disparando na noite escura da praça.
O dedão é o gatilho.
Mas as mãos...?
Eram grandes...de artista!
Que obedeciam ao sensível bêbado Pinga-Pinga.
Voz grossa de negão de jazz:
-O, o, o, dá um papel aí.
-Pé-péra um pouco aí...
-Toma aí...
-Retrato ¾ ah,ah,ah, ah,ah!!1
Pa-pa-paga uma pinga aí!

Obs: 
Quem se lembra do Pinga-Pinga que sempre estava ali pelas paragens da Hedonê e Lanchorama? 
Era uma figura impar, que fazia caricaturas com muita facilidade. As vezes em troca pedia só pra pagar uma pinga.

Obra: "Pinga, pinga"- 1976 - Miguel Angelo
Técnica: pirogravura sobre madeira com betume e tinta a óleo
Miguel Angelo Barbosa

Pano de fundo

Olhem aqui da janela o mundo lá fora! Que lugar é esse? Eu não o pintaria assim. Ouçam que estranho o que os mais velhos estão dizendo. Guerras, destruição da natureza, conflitos religiosos. O mundo parece um lugar estranho. Quanto concreto! Noticia ruins todo o tempo! Muita gente desatinada! Senta aí, menina, Vou te contar histórias de abismo! Onde vive um poeta cercado Por pedras e pessoas frias, de concreto. Indiferentes. A morte de pano de fundo. Mas o sol nasce todos os dias Irmãos, vamos orar, amém! Oras! Miguel Angelo Barbosa Obs: Do sobrado da Floriano Peixoto avistava-se predios, telhados, ruas distantes, igrejas e o ceu

Sabor de noite azul - Fase Azul da Prussia


Um gosto de sol 

Alguém que vi de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou os sonhos que eu tinha
E esqueci sobre a mesa
Como uma pera se esquece
Dormindo numa fruteira

...
Milton Nascimento e Ronaldo Bastos

Quando nos amavamos... - Fase azul da Prussia


Companhia de poetas, seresteiros, boêmios, saltimbancos,

Sem destinos.

Primeiros amores,

Viagens longínquas,

Mochila nas costas.

Signo montanhês,

Buscando a mágica poesia existencial em tintas e telas.

Romântico, introvertido, subjetivo,

Difícil de ser entendido.

Palavras lentas, pensadas, divagadas.

O sol, a lua.

A lua como sol na noite.

A vida é bela,

Melhor ainda com o ar triste.

Nostálgico.

Lembranças remotas de um tempo remoto


Miguel Angelo Barbosa

Ao brilho de luar - Fase Azul da Prussia

O assunto é transcendental,

A noite avança e o vinho torna mágica cada palavra,

Cada expressão do semblante,

Cada brilho do olhar, cintilante,

Cada lampejo de luz do luar.

-Qual é a cor da noite?

-Oras, a noite é azul!

-Azul?

-Sim, azul escuro.

Abra o tubo

 E derrame a noite da Prússia sobre o fundo ao luar.

Aí é só contrastar:

As faces a brilhar com o quarto crescente a emoldurar. 

Miguel Angelo Barbosa

domingo, 5 de julho de 2009

Por que restaurar?

A experiencia de restaurar obras de outros artistas faz com que nossa percepção como artista perceba a alma do material que utilizamos. Como ele se comporta ao longo dos anos, dá-nos nova perspectiva na execução de uma nova obra, mudando sobremaneira algumas tecnicas e utilização desses materiais. Passamos a perceber com mais acuidade os limites e novas possibilidades das misturas, combinações, diluições, transparencias, densidades, pureza dos pigmentos, etc. Melhorando muito nossa tecnica pictorica.
Miguel Angelo Barbosa

Restauração de quadros




























Quando remove a sujeira de anos se descobre as cores originais!
Observem o primeiro patinho falta um pedaço!

Restauração de quadros


Chegam rasgadas, muita poeira e saem higienizadas, restaurada, verniz de proteção

Restaurações de quadros

As vezes a obra chega no ateliê assim! (amplie)



Mas sai assim! (amplie)



quarta-feira, 1 de julho de 2009

Estou em crise de identidade!




Não levem a serio; é só para mostrar os efeitos magnificos de Pop Art conseguido com uma camara vagabunda, made in China

terça-feira, 30 de junho de 2009

FOTO ARTE - Achado pronto - Ready Made


Gato amassado no asfalto


Residuos de uma Havaianas


Fios em cima da mesinha do bar na esquina


Numa mesa de carteira escolar

As vezes a ARTE já esta pronta, basta ter olhos para achar

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Olhem o estado dessa esculturas do Thirso!




Isso porque esta na porta da Casa da Cultura!

O Prof Palocci! pelo descuido que esta a Casa da Cultura de nossa cidade


Escultura do Thirso Cruz

Esse brilho nos labios tem no original, não é de chuva nem passarinho

Alguém esta babando de raiva! Sabe quem e por que?


Sabe quem esta com raiva ?

Pintando com a luz


Desenho com a luz / duas postagens antes era desenho com a sombra

O concreto e o abstrato


O concreto e o abstrato. Dá o que pensar!

Desenhando com a sombra


Grande desenhista!

Coincidencias do Paraiso! Adão!

Foto-arte - Sombras

Quem será esse gigante?
Talvez de paciencia


Incidencia do sol em final de tarde em oficina numa escola em Pontal


Na utilização das imagens de
meus quadros e minhas fotos,
solicito que se coloque os creditos
de autoria: Miguel Angelo Barbosa

domingo, 28 de junho de 2009

Seguindo a Nuvem

Seguindo a nuvem - fotos ao vir de Pradópolis para Ribeirão - na ordem: a primeira tirada um pouco antes de chegar em Dumont e na sequencia chegando no anel viário - até encontrar com ela, ou seja, ficar debaixo dela, nas proximidades da av Jõao Fiuza. Da primeira foto até a ultima percorri em torno de uns 30km, de 15 a 20 minutos até me deparar com a sua localização, dando tempo de não se desfazer totalmente, preservando ainda partes de seu formato inicial . A surpresa foi ver em cima de onde ela estava. Da estrada não dava para imaginar.

Anjos do nôno - Serafim D'Alonso


Ancestrais artisticos- meu avô Serafim D'Alonso, imigrante italiano, pai de minha mãe, fazia esculturas para colocar no alto das fachadas das casas, as vezes nos frontões das janelas, como nesse caso aqui de uma casa ( já demolida) na rua Marechal Deodoro, em Ribeirão Preto, entre a rua Americo Brasiliense e São Sebastião. Um anjo é a minha mãe e o outro uma tia