segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pinga, Pinga, Pinga!

Invertitudo...
Como...?
O corpo bêbado e a garrafa vazia
É tão calma a noite...
Como?
Pinga !Pinga! Pinga!
Não é a bebida!
É o barulho do revolver de "faz de conta"
disparando na noite escura da praça.
O dedão é o gatilho.
Mas as mãos...?
Eram grandes...de artista!
Que obedeciam ao sensível bêbado Pinga-Pinga.
Voz grossa de negão de jazz:
-O, o, o, dá um papel aí.
-Pé-péra um pouco aí...
-Toma aí...
-Retrato ¾ ah,ah,ah, ah,ah!!1
Pa-pa-paga uma pinga aí!

Obs: 
Quem se lembra do Pinga-Pinga que sempre estava ali pelas paragens da Hedonê e Lanchorama? 
Era uma figura impar, que fazia caricaturas com muita facilidade. As vezes em troca pedia só pra pagar uma pinga.

Obra: "Pinga, pinga"- 1976 - Miguel Angelo
Técnica: pirogravura sobre madeira com betume e tinta a óleo
Miguel Angelo Barbosa

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