A obra fotografada na reportagem acima “Infância”, não sobrou também nenhuma foto dela a não ser a da reportagem. Retrato uma criança com um carrinho de brinquedo atado a um cordão na mão, que era brinquedo recorrente de minha infância, e uma bola de futebol ao lado. A criança olha para uma casa que esta a sua frente.
A
casa lembra um rosto onde a boca é uma porta fechada e as janelas os olhos. Dessa porta sai uma
estrada que passa ao lado da criança. Ao lado da casa tem uma outra casa com
uma cerca de arame onde se pendura uma nota musical. Por trás destas casas em primeiro plano, tem prédios, uma lua, morros no horizonte, uma estrada que sai da casa, que seria a
continuação do caminho da frente. Uma pipa no céu e ainda um poste de luz.
Esta obra nos traz reflexão sobre a vida. Talvez a criança seja eu mesmo, que esta diante ao momento de encarar a vida adulta e deixar os brinquedos para trás.
Reforçando talvez uma ideia sobre mim mesmo, me
colocando no lugar da criança, olho pra vida que vem pela frente mas não encaro
ir pelo caminho que leva a porta, que esta trancada e que talvez precise de muito
esforço para abri-la. Tem a segunda opção da casa com a nota musical pendurada na cerca, que
talvez seja a opção pela arte, talvez a cerca possa ser
de maneira figurada o aprendizado artístico.
A criança parece paralisada e olha perplexa para o que vê pela frente. Momento de decidir pra onde ir. Há também a opção, se conseguir transpor a casa “cara” tem um caminho que leva aos montes e a lua, simbolizando a poesia e a elevação do espirito.
Mas fica uma pergunta: O que teria dentro desta casa trancada? O difícil aprendizado que nos dá o viver para ser igual a todos?
Enfim cria-se bastante indagações e reflexões nesta
obra. Coloque a tua interpretação abaixo
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