Através do Facebook, com a Maria Cristina, colega de escola, dos tempos de "Otoniel Mota" consegui resgatar fotos de uma pirogravura de julho 1970 conforme datado na foto do verso aqui ao lado. Eu não tinha nenhuma referência dessa época, nem trabalhos nem fotos.
O nome inventado, estranhamente, "Desinteiro" faz referências às coisas no mundo, que estão em permanente processo de realização, de criação, estando, portanto, sempre em mudança, não completas, não inteiras, ou como o titulo coloca "desinteiras". O quadro mostra uma casa, a qual não aparece por completo na cena; um rosto na janela, pela metade; uma figura passando, que só se vê um pedaço da cabeça; uma veneziana da janela incompleta e a outra parte faltando um pedaço da madeira; uma árvore no primeiro plano que não aparece nem o tronco nem a copa inteiros; telhados que insinua-se só algumas partes; mesmo o reboco da casa falta alguns pedaços; dentro da casa uma porta interna só mostra um pedaço. Talvez o tema do casal esteja sugerindo um tempo que escapa sem se completar.
Parabens pelo trabalho ,pela concepção e título !
ResponderExcluirParabens tb. por conseguir reunir suas obras espalhadas por tantos lugares !
Sonia A.