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quarta-feira, 6 de maio de 2020

A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS


HORAS E HORAS A FIO
SEM SOLUÇÃO
SEM PREVISÃO
SEM UNIÃO
SEM NAÇÃO
SEM NOÇÃO

PERDIDOS
NA NOSSA DESESPERANÇA
NA NOSSA GOVERNANÇA
NA NOSSA LAMBANÇA

NO ABISMO
DO NOSSO PRESENTE
E A INCERTEZA DE ALGUM FUTURO
DESTA VIDA
DESVALIDA DE SEU VALOR
PELA IDEIA DE UM DITADOR

MIGUEL ANGELO BARBOSA
MIGUEL AI/IGELO








terça-feira, 5 de maio de 2020

NESSE MUNDO TÃO LOUCO


CADA UM NO SEU LAR
COM SUAS VERDADES
SUAS ESCOLHAS
SUAS CRENÇAS

ESTÃO LÁ
MAS NAO ESTÃO
PORQUE
CONSIGO MESMO TAMBEM NÃO
BUSCAM FORA O QUE NAO ESTA DENTRO

A VIDA É MESMO ASSIM
CHEIO DE CAMINHOS E LONGAS ESTRADAS
QUE LIGAM O SER AO LONGE
O LONGE DESEJO,
O LONGE ESPERANÇA
O LONGE ALIMENTO
O LONGE DE MIM

QUANDO FECHO A PORTA
E OLHO PELA JANELA
ME VEJO NESTE ABISMO
ENTRE A MINHA SANIDADE
E ESSE MUNDO TÃO LOUCO
QUE BUSCO DENTRO DO LAR CORAÇÃO
E TRAGO PRA JANELA TELA

MIGUEL ANGELO BARBOSA

MIGUEL AI/IGELO











segunda-feira, 23 de março de 2020

ESPERANDO A TEMPESTADE


Cá estamos
Atrás das ventanas e terraços
Entre a cruz e a espada
Entre o bem e o mal
Entre o ser e o não ser de todas as coisas
Entre uma pedra e um caminho
Entre quatro paredes
Entre flores e espinhos
Entre dúvidas e nenhuma certeza
Entre vírus e a nossa sanidade, mental

Cá estamos
Insanos
Nervosos
Surtados
Despreparados
Desamparados.

Do nosso nada
Observando tudo
Neste mundo caótico.
Em recesso de atividades
Dos sonhos
Dos desejos
Da esperança 
Menos de nossa infame ganância
Que até ao fim
Nenhum vírus não consegue brecar

MIGUEL AI/IGELO



ENTRE FRESTAS


Entre frestas

Enxergamos a vida pelas frestas orgânicas de nosso cérebro, os olhos
Vivemos entre frestas
A vida é uma fresta entre o nada e depois
Abrimos os olhos e deixamos entrar a luz
Abrimos as cortinas e deixamos o dia invadir nosso interior
Espiamos a vida através das frestas do momento dia
E no momento noite enxergamos as frestas do nosso subconsciente
O artista enxerga em cada cena da vida, em cada sentimento de seu coração, uma fresta, para confessar seu momento, pois sabe que a vida é essa estampa presente.
Presente de fora para dentro e de dentro para fora.
Assim como são as janelas
Você olha, mas pode estar sendo olhado
As vezes esse olhar é permitido, as vezes indiscreto, voyer...
As vezes a janela está aberta e tudo é permitido aos olhos...à vida!
As vezes esta fechada, mas tem as frestas das venezianas, para não padecermos na escuridão.
Através das frestas vem a luz dos primeiros raios, a esperança da noite se tornar dia.
Nossa solidão invadida pelo mundo de fora.
Quando não há frestas não há esperança.
Resta o escuro...!
A noite sem sonhos.
A vida antes de ser,
A vida depois de ser,
O não presente, o incerto.
O não antes e nem o depois.
O nada!
Miguel Angelo

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

DORME A CIDADE



DORME A CIDADE, SILENCIOSA
O ARTISTA DESENROLA AS ONDAS DA VIDA EM SUA TELA
SILENCIO INTERIOR PROFUNDO 
MADRUGADA ADENTRO...
O SONHO DE DENTRO SE ENTRELAÇA 
COM O SONHO QUE SE REALIZA NA TELA
TORNANDO DOCE A REALIDADE
E O VIVER PRAZEROSO

A OBRA CHEGANDO AO FIM
ULTIMAS PINCELADAS
MENTE LIMPA, AREJADA, PURA, RENOVADA
A VIDA COMEÇA AGORA...!?
ACHO QUE SIM!
SEM PROBLEMAS, DORES, DESILUSÕES

OBJETOS COLECIONADOS ESPALHADOS PELO ATELIÊ...
CADA UM CONTA UMA HISTÓRIA 
OS LIVROS... A MUSICA SUAVE... O SONHO...
MEMORIAS DE SENTIMENTOS PUROS DA INFÂNCIA
SENTIDO-OS ASSIM NESSE MOMENTO

UM TIMIDO RAIO DE SOL  PENETRA PELA FRESTA DA JANELA
NÃO É MAIS NOITE
MAS AINDA NÃO É DIA
ONDE ACABA A FANTASIA?
ONDE COMEÇA A REALIDADE?
NÃO SEI!

A VIDA É ASSIM...
FELIZ...!

ZZZZZZZZZZZZ!

MIGUEL ANGELO

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ÓPERA GRUNGE - PONTINHOS


Pontinhos / Parêntesis

Por que o feio vira bonito e bonito fica feio?
Por que a beleza é relativa como diz a antiga frase :
“Quem ama o feio bonito lhe parece”
Ou existe a beleza absoluta como quer os cânones de ouro?
Que tal a beleza do caos? E do fractal?
O cao criou os cosmo?
Ou os caos criaram os cosmos?
Qual é o verdadeiro? cosmo ou cosmos?
De que cosmo surgiu o meu caos?
Puxa vida!
fiquei deprimido ou oprimido?
Entre o absoluto e o relativo.

Desembaraçar os fios
Cardar a lã
Organizar o caos
Para virar cosmo
Tecer as palavras
Para organizar esse emaranhado de conceitos

Cada um tem dois lados
Cada um tem a tampa e a panela
A casa e o botão
O verso e o inverso
O certo e o errado
o perfeito e o relativo
enfim,
............. pontinhos
(              ) parenteses
Questão de gosto...?
É só se acostumar!
Que o botão fecha a casa
Ou a casa libera o botão


Autor: Miguel Angelo Barbosa

terça-feira, 26 de abril de 2011

Olhar de Ancião


Olhar de Ancião

Os ritmos da natureza
O ciclo do existir
O tempo corrosivo a todos os sonhos
O caminhar da vida
Avançando pelos horizontes

A ultima estância
Onde recostado a alta montanha
Se avista com o olhar da memória
As paisagens vencidas com suor, coragem e obstinação
Inerentes ao pulsar das veias da vida
O nobre entardecer da existência
Se descerra sobre a bravura do tempo de cada um
Assim somos e sempre seremos

Obra e poema produzido no Ano Internacional do Idoso (1999) para exposição temática no SESC - Ribeirão Preto, na mesma data.
Jogos de opostos nos dois eixos do quadro.
Os dois rostos se miram de cada lado da tela, formando no espaço negativo uma ampulheta simbólica entre as silhuetas e nesta, uma paisagem, onde em cima esta o céu (leveza, infância, juventude) em baixo a terra, (peso, velhice, tempo passado) como acontece de fato nas ampulhetas, a areia desce, marcando o tempo, quando toda pra baixo faz-se a a verificação do tempo decorrido. Entre os dois o sol (o fogo da vida), se pondo no horizonte, ou seja, sobre nossas andanças na terra.
O efeito da face do ancião foi feito com pasta acrílica e betume. O betume é uma resina fossil, que precisa do fator tempo para se formar. Na mesma face tem efeitos de bronze, que um metal usado para se fundir esculturas de bustos, efígies, etc, de grandes personagem, para homenageá-los.
Após muito tempo com essa obra no ateliê, um dia dando aula em Brodowsqui no Museu Casa de Portinari, tive como aluna a presidente do Clube da 3ª Idade, achei interessante ofertá-la em doação, pois ficaria no lugar certo. Foi aceito.
Passando pela terra de Candinho esses dias encontrei o Clube e lá estava a obra na parede, fiquei feliz de revê-la, não tinha nem sequer uma foto, tirando esta que publico agora.
(achado em meus guardados)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Diálogos do olhar ou histórias da Máscara e da Fantasia

                                             copyright Miguel Angelo Barbosa


Entre duas per sonas

Tudo que sai da boca é permitido
Mas os olhos só filtra o verdadeiro
Para a luz do mundo

O diálogo com os olhos de alguém...
Atrás das mais remotas regiões do deserto do ser.
A verdade escondida, 
sofrida ou não,
chorada ou feliz.
Guardada na escuridão.
Projetada com luz ou opacidade.
Nesses mesmos olhos que projetam também

Para dentro, 
Bem para dentro
Para a selva do ser,
A existência das coisas 
E a essência das pessoas
As quais toco e acredito,
As vezes me engano
Por ser ilusão
Produzida na Fábrica da Realidade
Que me fornecem as Máscaras,
 das "PALAVRAS".
Ou já escondidas aqui dentro,
nas FANTASIAS do meu coração.
E com essas diferenças 
vamos vivendo:
No silêncio, das FANTASIAS,
Ao grito, das MÁSCARAS...
E nos lampejos, do OLHAR!

Miguel Angelo Barbosa

Olho para esse novo desenho que transformei numa pintura e começo a viajar ao tentar entender o que o casal esta conversando. Rsss

sábado, 14 de novembro de 2009

SOB PRESSÃO – por Miguel Angelo Barbosa

Copyright by Miguel Angelo Barbosa
Dosagem mensal
Dosagem semanal
Retratos da vida contemporânea, onde o tempo, espaço e modus vivendi ficam comprimidos.
Comprimidos para aliviar a pressão, arterial (alta). Fabricados sob pressão das máquinas. Retirados sob pressão dos dedos. E para despressurizar um pouco Uma brincadeira sob pressão. Uma carinha oprimida para cada dia Do remédio de pressão. Não precisa ficar em depressão É só para descontração Artes em exibição. Observação: (É poesia?) (Não sei não!)
Obs2:
Carinhas modeladas nos bojos de meu remédio de pressão (Micardis) depois de retirados e ingeridos diariamente.
Obs 3:
Em exposição na Escola Bauhaus - Ribeirão Preto - SP
Copyright by Miguel Angelo Barbosa

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mãe...Florista

Os olhos contemplando longe. Além de meus ombros. Quem sabe o meu futuro... Quem sabe me imaginando hoje. Feliz por poucas e pequenas coisas. Também...! Amante da Natureza! Conhecedora da essência da vida. Sabia que o muito Não é nada, só é o, literalmente essencial. Artista do meu jardim existencial, me deu luz e me criou para toda eternidade. Oito botões que se abriram sete, os quais cultivavas como um lindo ramalhete de flores que ganhara do namorado em prova de todo amor. Quando criavas seus ornamentos florais com amor, carinho, trabalho e empolgação, me sentia como um deles em suas mãos de florista.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pinga, Pinga, Pinga!

Invertitudo...
Como...?
O corpo bêbado e a garrafa vazia
É tão calma a noite...
Como?
Pinga !Pinga! Pinga!
Não é a bebida!
É o barulho do revolver de "faz de conta"
disparando na noite escura da praça.
O dedão é o gatilho.
Mas as mãos...?
Eram grandes...de artista!
Que obedeciam ao sensível bêbado Pinga-Pinga.
Voz grossa de negão de jazz:
-O, o, o, dá um papel aí.
-Pé-péra um pouco aí...
-Toma aí...
-Retrato ¾ ah,ah,ah, ah,ah!!1
Pa-pa-paga uma pinga aí!

Obs: 
Quem se lembra do Pinga-Pinga que sempre estava ali pelas paragens da Hedonê e Lanchorama? 
Era uma figura impar, que fazia caricaturas com muita facilidade. As vezes em troca pedia só pra pagar uma pinga.

Obra: "Pinga, pinga"- 1976 - Miguel Angelo
Técnica: pirogravura sobre madeira com betume e tinta a óleo
Miguel Angelo Barbosa

Pano de fundo

Olhem aqui da janela o mundo lá fora! Que lugar é esse? Eu não o pintaria assim. Ouçam que estranho o que os mais velhos estão dizendo. Guerras, destruição da natureza, conflitos religiosos. O mundo parece um lugar estranho. Quanto concreto! Noticia ruins todo o tempo! Muita gente desatinada! Senta aí, menina, Vou te contar histórias de abismo! Onde vive um poeta cercado Por pedras e pessoas frias, de concreto. Indiferentes. A morte de pano de fundo. Mas o sol nasce todos os dias Irmãos, vamos orar, amém! Oras! Miguel Angelo Barbosa Obs: Do sobrado da Floriano Peixoto avistava-se predios, telhados, ruas distantes, igrejas e o ceu

Sabor de noite azul - Fase Azul da Prussia


Um gosto de sol 

Alguém que vi de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou os sonhos que eu tinha
E esqueci sobre a mesa
Como uma pera se esquece
Dormindo numa fruteira

...
Milton Nascimento e Ronaldo Bastos

Quando nos amavamos... - Fase azul da Prussia


Companhia de poetas, seresteiros, boêmios, saltimbancos,

Sem destinos.

Primeiros amores,

Viagens longínquas,

Mochila nas costas.

Signo montanhês,

Buscando a mágica poesia existencial em tintas e telas.

Romântico, introvertido, subjetivo,

Difícil de ser entendido.

Palavras lentas, pensadas, divagadas.

O sol, a lua.

A lua como sol na noite.

A vida é bela,

Melhor ainda com o ar triste.

Nostálgico.

Lembranças remotas de um tempo remoto


Miguel Angelo Barbosa

Ao brilho de luar - Fase Azul da Prussia

O assunto é transcendental,

A noite avança e o vinho torna mágica cada palavra,

Cada expressão do semblante,

Cada brilho do olhar, cintilante,

Cada lampejo de luz do luar.

-Qual é a cor da noite?

-Oras, a noite é azul!

-Azul?

-Sim, azul escuro.

Abra o tubo

 E derrame a noite da Prússia sobre o fundo ao luar.

Aí é só contrastar:

As faces a brilhar com o quarto crescente a emoldurar. 

Miguel Angelo Barbosa